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terça-feira, 13 de outubro de 2009

Leituras e aventuras

História escrita em abril de 2008

Era apenas uma garota. Uma menina de 13 anos que só tinha uma atividade de que realmente gostava muito: ler. Para ela um livro er abem mais que apenas capa dura e letras. A capa era como uma porta que se abria para um mundo novo e as letras, as páginas, os capítulos eram como todo o cenário e o espaço necessários para que a história ocorresse. O livro era um mundo de fantasia, e ela, a protagonista, a antagonista e até mesmo a coadjuvante. O nome dessa leitora era Sara.
Como podemos perceber, ler é sua paixão e por causa dessa paixão tornou-se alheia ao mundo ao seu redor. Só soltava os livros quando precisava estudar. Não tinha muitos amigos. Somente os livros.
Um dia, Sara estava em seu quarto, lendo "As Brumas de Avalon", quando Luciana, sua colega de classe, entrou desesperada em sua casa, gritando:
_ Sara! Sara! Você não sabe o que aconteceu! A Sabrina desapareceu completamente! Não está em casa, nem na escola, nem em lugar algum!
_ Calma Luciana! Desde quando você não a vê?
_ Faz quase uma semana! Liguei para ela e descobri que ela não apareceu em casa nos últimos dias. Você tem que nos ajudar!
Luciana pediu ajuda para Sara, pois esta leu todos os livros de Sherlock Holmes, Hercule Poirot, Miss Marple e outros tantos detetives. Ela sabia todas as técnicas para descobrir um mistério.
_ Tudo bem! Preciso ajudar uma amiga! Comecemos conversando com os pais dela.
Foram para a casa de Sabrina. Sara começou o interrogatório.
_ Quando foi que viram Sabrina pela última vez?
_ Foi há cinco dias - Respondeu sua mãe - Ela estava indo fazer um trabalho na escola e desapareceu. Não voltou mais.
_ O que foi que ela disse antes de sair?
_ Disse que ligava antes de vir para casa.
_ Vocês já tentaram ligar para ela?
_ Já, mas ninguém atende!
Sabrina era um pouco mais velha que as duas. Contava dezesseis anos e odiava ler. Não tinha a mínima imaginação. Sara disse:
_ Bom, Lu, é melhor procurarmos na sala dela.
Dirigiram-se à escola e continuaram a perguntar. Nada. Ninguém a viraa. O que teria acontecido? Onde ela estaria? Se não na escola, nem em casa, onde mais? Foi quando Sara teve uma ideia:
_ A Sarbina não tinha namorado?
_ É mesmo! O Maurício! Vamos à casa dele!
_ Calma! Essa história está muito Romeu e Julieta. Só falta ele não estar em sua casa.
_ Você acha que...
_ Talvez... Não desconsiderarei esta hipótese, mas também não posso ter certeza disto. Ligarei primeiro para a casa do rapaz.
E foi o que ela fez. Ligou para ele.
_ Alô?
_ Quem fala?
_ Patrícia. Com quem você quer falar?
_ Por favor, o Maurício está?
_ Está sim. Você quer falar com ele?
_ Não, eu vou aí.
Desligou o telefone.
_ E então? - perguntou Luciana.
_ Ele está lá. Sua hipótese pode ser desconsiderada.
Foram à casa do rapaz. Ele parecia desolado
_ Então vocês vieram procurar por Sabrina? Sinto dizer, mas ela não está aqui. Vocês sabem de algo?
_ Infelizmente, não! Quando foi a última vez que a viu?
_ Há seis dias. Eu a encontrei quando ela ia à escola para um trabalho. Ela disse que me ligaria à noite e não ligou. Onde ela está?
_ Vamos nos esforçar para encontrá-la. Não se preocupe. Obrigada, por enquanto.
Estavam saindo quando Sara, subitamente, caiu ao chão.
_ O que houve?
_ Não foi nada! Só uma tontura...
Saíram. Aquele comportamento de Sara pareceu muito estranho a Luciana. sara nunca tivera tonturas tão fortes daquele jeito. Por que logo na casa de Maurício? Realmente, não era comum. Mas não havia tempo para estudar comportamento. Precisavam encontrar Sabrina e as opções já se haviam esgotado.
_ E agora, sara? O que vamos fazer? Já não temos mais opções!
_ E para que mais opções? O caso está resolvido!
_ Mas, como?
_ Voce não olhou à sua volta. Ficou presa em um único ponto e o crucial lhe escapou.
_ E o que era o crucial, sara? Diga-me ou me matará de curiosidade!
_ Aí está seu defeito, Luciana! Você é muito inteligente, mas, como diria Sherlock Holmes não tem imaginação. Eu, que já li muito dos mais variados detetives, desenvolvi este senso crítico e, com muita atenção, resolvi tudo em tempo recorde.
_ Diga-me logo!
_ Primeiro, quero confirmar minha teoria.
Sara pegou seu celular e discou um número que Luciana não pôde ver qual era. Alguém atendeu e Sara desligou.
_ Teoria confirmada. Voltemos à casa do garoto.
_ Como?
_ Você verá...
Retornaram à casa de Maurício que estranhou aqueles rostos de volta em intervalo de tempo tão pequeno.
_ Olá de novo, meninas! Esqueceram algo?
_ Sim, esquecemos. Esquecemos nossa amiga.
_ O quê?
_ Não se faça de desentendido, Maurício! Sabemos que Sabrina está aqui e não adianta mais esconder.
_ Tudo bem, Maurício. Eu disse que não daria certo. - Disse uma voz vinda de algum lugar no segundo andar.
_ Sabrina! - Disse Luciana, surpresa.
_ Eu disse que ela estava aqui.
_ Como vocês me descobriram? - Perguntou uma Sabrina muito confusa.
_ Eu explico - Disse Sara - O primeiro ponto que notei de estranho foi que sua mãe me disse que você sumira há cinco dias, enquanto seu namorado me informou seis. Com este dado, comecei a observar o ambiente em que estávamos e notei dois pequenos detalhes que me fizeram desvendar o caso: uma pequenina estatueta com o prêmio de ator juvenil em sua estante e uma pulseira que Sabrina nunca tirava, no chão da sala. Por isso, simulei uma queda e aqui está sua pulseira, Sabrina.
_ Então foi por isso. Bem que eu estranhei essa tontura repentina.
_ E agora, Sabrina? O que você fará?
_ Creio que seja melhor contar à minha mãe.
_ Também acho.
Mil broncas depois e namoro permitido, tudo ficou bem graças à imaginação de Sara, desenvolvida por horas e horas de leitura.
_ Eu disse que essa história estava muito "Romeu e Julieta"...

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