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terça-feira, 13 de outubro de 2009

J.A.S.

História escrita em 2008

Situação

O menor J.A.S., de 15 anos, já comprou gabarito de prova, furtou a calculadora de um vizinho e, por quatro vezes, saiu de shoppings sem pagar, com camisetas e doces escondidos numa mochila.
Ele mora numa casa confortável no Morumbi, bairro de classe média alta de São Paulo, e viaja todo ano para os Estados Unidos, onde os pais têm um apartamento.
Seu pai, um industrial de 45 anos, sabe que o filho comete esses crimes, mas prefere não repreendê-lo para não traumatizá-lo.

Faça uma narração que conte a história de J.A.S. Dê-lhe um nome. Ele comete outros delitos? Quais as consequências que ele sofreu por seus atos? Seus paus mudaram de atitude?

Júlio Alessandro dos Santos. 15 anos. Classe média alta. Há três anos comete pequenos delitos em casa, na escola e em qualquer lugar onde for. Ainda não teve contato com drogas, mas não deve demorar muito. Seus pais? Completamente omissos quanto a isso. Aliás, quanto a muitas coisas os dois nem se pronunciavam, fosse para o bem ou fosse para o mal do garoto. Este, tinha tudo o que queria, precisava e o que não precisava também. Os pais eram ricos. Por que se preocupar?
Nenhum professor aguentava mais Júlio. Sempre colando, bagunçando e desrespeitando. Os colegas, nem se fala. Ele brigava, batia, xingava, judiava e não adiantava falar nada. Tudo ele queria, tudo ele podia.
Foi quando entrou uma nova professora em sua escola: Marília. Era linda. Todos os meninos se apaixonaram por ela, inclusive Júlio. Porém, ela não se envolvia com alunos, o que era completamente ético, despertando a raiva do rebelde. Começou então a perseguição. Em todo lugar que Marília estava, Júlio estava atrás. Ela se deu conta da vigilância e pediu companhia a Cláudio, um colega de trabalho, deixando Júlio ainda mais nervoso. Tão nervosos que passou de todos os seus limites.
Quando Cláudio saiu desacompanhado, foi atacado por sete garotos com os rostos tapados. Após apanhar, e muito, conseguiu segurar um dos garotos pelo braço e arrancou a camiseta que cobria seu rosto. Para sua surpresa era Júlio. Recuperando-se da surra, levou o garoto à delegacia, onde contatou seus pais. Eles não puderam comparecer e quem foi representá-lo foi o mordomo, que não tinha nenhum laço consanguíneo com o menino.
Como era de se esperar, não foi punido. Apenas ouviu aquele mesmo sermão que sempre ouvia. Ao chegar em casa, o mordomo relatou tudo a seus pais que não gostaram, mas também não fizeram nada para conscientizar o garoto.
Assim, Júlio se torna mais uma criança marginal. Apesar de tudo o que tem, ou talvez por causa disso, se tornou um menino triste e escravo das maldades do mundo.

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