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terça-feira, 13 de outubro de 2009

Formatura (não tão) perfeita

História escrita em junho de 2008

Que momento único! Formatura do colegial! Que maravilha! Há muito tempo Clara esperava por aquilo, já que sua formatura da oitava série fora um fracasso. Ela tinha comprado o mais belo vestido: ele era roxo, todo bordado de flores, feito de seda.
Sua mãe, é claro, queria que ela fosse a mais bela das formandas, para compensar a festa anterior. Era perfume pra cá, colar pra lá, maquiagem ali, enfim, tudo o que ela tinha direito.
Foi quando o celular de Clara deu um toque. Ela correu para atender e viu que era uma mensagem de voz. Ouviu.
"Esta festa ficará marcada para sempre na sua mente".
Mas isso era fato! Como ela não haveria de se lembrar da festa que tanto esperou? Quem lhe deixara aquela mensagem? O número era desconhecido. Bom, melhor esperar.
Clara foi para o salão, pronta para arrasar. Suas amigas já estavam lá esperando por ela. Elas também estavam bonitas, mas Clara estava mais. Cumprimentou a todas e contou sobre a estranha mensagem ouvida no celular. Começou a discussão. Por que seria? Marina, com um vestido azul marinho, disse que deveria ser algum garoto que gostava de Clara e iria surpreendê-la na festa. Lisandra, vestida de verde, menina pessimista, disse que poderia ser algo muito ruim. Foi uma bagunça. Enfim, Clara decidiu esperar, mas tomar cuidado.
A festa estava ótima. Tudo estava perfeito. Clara estava deslumbrante. Chegou a hora da entrega dos diplomas. Seu nome estava entre os primeiros. Ela se levantou, convicta. Dirigiu-se à bancada. Cumprimentou a todos. Estava linda. Recebeu seu diploma e desceu as escadas como uma miss. Nenhum acidente.
Todos foram chamados. Após, a festa começou mesmo. Enquanto dançavam, Clara ouviu um som estranho. Quando olhou para baixo, viu o que aconteceu. Era sua saia. Estava rasgada. Ela ficou deseperada. Era seu vestido! Seu lindo vestido! Clara correu em direção ao jardim do salão para chorar. Chorou muito.
De repente, viu que um vulto se aproximava. Era um vulto alto, robusto, um homem. Lembrou-se do recado de seu celular. Quando chegou mais perto ela viu que era um dos garotos de sua sala, Cláudio, bem bonito. Ele disse:
_ Que bem que lhe encontrei, Clara. Tenho algo a lhe dizer. Mas, por que você está chorando?
_ Minha saia rasgou!
_ Que pena! Minha mãe costura bem. Acho que ela pode ajusar. Ela sempre tem um estojo de corte e costura no carro.
_ Que ótimo! Mas o que você queria dizer?
_ Há muito tempo quero lhe dizer isso. Gosto muito de você. Mas tive medo de começar algo e depois nos separarmos. Só que eu passei na mesma universidade que você. E eu pergunto: Clara, você quer ser minha namorada?
_ É claro, Cláudio!
Os dois se beijaram. A mãe de Cláudio consertou a saia de Clara. E a festa foi realmente inesquecível.

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