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quinta-feira, 9 de julho de 2015

Jack e A Mecânica do Coração

Depois de quatro anos sem aparecer por esse blog aqui, resolvi voltar a escrever nele. Não para que alguém leia, mas simplesmente para ter um lugar para publicar minhas opiniões sobre livros e filmes e para o caso de alguém querer ler, elas estarem disponíveis.

Tenho outras obras das quais quero falar, mas por esta ser a mais recente e a que está mais em minha mente, resolvi começar por ela. Assisti ontem a esse filme Jack e a mecânica do coração. A sinopse já tinha me chamado a atenção e imaginei que fosse gostar do filme, como de fato aconteceu.


O filme conta a história do menino Jack, que nasce em Edimburgo, na noite mais fria do ano e, por isso, tem seu coração congelado. É salvo por uma parteira, considerada feiticeira, que coloca, no lugar de seu coração, um relógio. É ela, Madeleine, quem o cria, sempre preocupada com o que poderia acontecer com seu mecanismo.

Até os dez anos de idade, Jack nunca tinha saído às ruas, pelo medo de Madeleine de que algo lhe acontecesse. Ele tinha três regras: jamais tocar o mecanismo com suas mãos, controlar sua raiva e nunca se apaixonar. Em sua primeira saída pela cidade, ele conhece uma pequena cantora, a quem se une em dueto, e por quem seu mecanismo quase entra em colapso. Madeleine o salva antes que quebre e o leve para casa. Jack, então, decide buscar por sua cantora e vai para a escola, onde é atormentado por Joe. Por causa de um acidente causado por seu relógio, Jack precisa fugir e decide, mais uma vez, partir em busca da jovem Miss Acácia, sua pequena cantora. Em meio a referências literárias, músicas muito bem compostas e até mesmo uma aparição de Jack, The Ripper, o filme tem uma estética maravilhosa e um final emocionante.

AVISO: a análise a partir daqui contém spoilers.

A forma como a história é retratada nos traz muitas metáforas. Temos referências a Dom Quixote, Romeu e Julieta, Viagem à Lua e outras. Algo que me agradou na versão brasileira do filme foi o fato de as músicas terem sido mantidas em inglês, embora a legenda estivesse muito infiel.

A busca de Jack pela senhorita Acácia pode ser vista como uma busca pela sua própria completude. Jack sempre se sente vazio: foi criado sem mãe e sem pai, por uma mulher considerada feiticeira. Até os dez anos, não conhecia a cidade. Na escola, foi vítima de bullying e perseguição. Fazia aniversário no mesmo dia que seu perseguidor e, por isso, era esquecido pelos colegas. Vive com a certeza de que a garota que ama se corresponde com seu perseguidor e com o medo de buscá-la. Na primeira vez que sente raiva, seu mecanismo se descontrola tanto que o cuco atinge o olho de Joe. Sua fuga permite que se sinta livre, pela primeira vez, e tenha a chance de ser feliz na busca por sua Miss Acácia.

Ela, por sua vez, também tem uma história marcante. Sua família estava em Edimburgo ilegalmente e foi entregue à justiça por um vizinho. Sua mãe a tirou da casa pela janela para que não fosse pega pela polícia. Acácia quase congelou. Já enxergava pouco e, então, ficou quase cega. É por isso que não reconhece Jack quando o reencontra. É também uma menina que tem medo, tanto medo que, quando se sente ameaçada, enche-se de espinhos à sua volta.

O inventor que encontra Jack no trem, senhor Méliés, é um sonhador, mas circundado de um sex appeal. Quando chegam ao circo onde encontram Miss Acácia, ele não se desgruda das gêmeas siamesas, que são duas cabeças num único corpo, e que por muitas vezes se insinuam a ele sexualmente. Porém, é através dele que se tornam "vivas", em imagens, grandes histórias da literatura, é claro, em sua própria versão.

Temos nele e em Jack as figuras de Dom Quixote e Sancho Pança. Jack é o Quixote, o sonhador, que busca aquilo que nem sabe ser verdade, que busca encontrar sua Dulcineia. Méliés é o escudeiro que o leva a seu destino.

Quando Jack entrega a chave do relógio a Acácia, temos uma metáfora clara de quando confiamos plenamente em uma pessoa num relacionamento. Quando Acácia vai embora com Joe, temos a decepção, a quebra da confiança. O desespero de Jack por um coração novo, sem o amor, é tocante.

Mais uma vez, a vida prega uma peça em Jack. Em seu desespero por um novo coração, retornando a Edimburgo, descobre Madeleine morta e vê-se sem esperança de salvação. Por sorte, Acácia já estava indo atrás dele com a chave.

Quando Acácia finalmente encontra Jack e tenta consertar seu relógio, Jack atira a chave longe, dizendo-lhe que agora ela pode beijá-lo, pois se algo lhe acontecer, será tudo culpa dele e não dela. É então que Acácia beija-o e o tempo para em torno do rapaz. Ele olha o rosto da menina, ainda parada na posição do beijo, e a neve, toda parada a seu redor. Com um sorriso no rosto, Jack vai escalando um por um os flocos de neve.

Um final, sem dúvidas, emocionante, e que me fez chorar em soluços.

E aqui vem meu questionamento: estará Jack morto? Ou estará Jack apenas no êxtase do amor?

Isso nos mostra como também somos nós, como nós mesmos nos perdemos pelo amor, como morremos por amor e como um beijo nos tira do mundo e faz o tempo parar ao nosso redor.

Se Jack morreu eu não sei, mas que está feliz, isso tenho certeza!

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

O dia em que não fechei o "a"

A escrita em letra cursiva é interessante. Não são todos que conseguem emendar uma letra à outra, sem interrupções entre elas, de maneira legível. Afinal, é muito mais fácil fazer uma reta que um círculo.
Quanto a mim, sempre gostei de escrever. Quando aprendi a desenhar a tal letra "de mão", não parei mais e a exercito para que seja sempre redondinha e bem acabada.
Mas, há alguns dias, foge-me à memória o que eu escrevia, deixei um "a" aberto, de modo que este não mais se fazia "a" e sim "ci", ou melhor, "ce", já que não havia pingo para que fosse "i" e meu "e", frequentemente, é fechadinho.
Pus-me, então, a refletir. O trabalho ficou parado e minha atenção voltou-se àquela letra silábica em meus escritos. Ou seria uma sílaba letrálica? Ou létrica? Ou letral? Não. Era letra. Letra que virou sílaba e mudou o sentido do texto. Não era mais um artigo feminino definido ou uma preposição. Era uma sílaba inexistente na escrita, mas que, quando lida, produzia plausivelmente a conjunção condicional "se".
Foi então que vi que, realmente, um milímetro muda tudo. Não era mais uma frase afirmativa, algo definido. Não. Era uma condição. A ser cumprida? Não sei... Talvez... Falta-me o contexto para afirmar. Mas a certeza tornou-se dúvida. E por causa de um milímetro - ou menos - apenas, o que era certo tornou-se incerto, talvez errado, talvez impossível. Um milímetro.
Tentei continuar a produção, mas a todo momento meus olhos voltavam-se para aquela letra falha, aquela sílaba que queria ser letra. Ou vice-versa. Será que foi a letra que quis tornar-se maior? Reproduzir-se assexuadamente por meiose-mitótica? Ou foi o papel que quis separá-la e mostrar-se no vão? Talvez fosse o lápis que quisesse sair a rabiscar por conta própria... Ou minha mão que se cansara de "as" e quisesse torná-los "ces"...
O fato é que o "a" ficou lá, aberto, a preencher de ar seu vazio interior. Seria isso? A letra estaria com calor? É realmente uma cidade quente. Então ele seria somente um "a" cansado das altas temperaturas em seu interior? É, o calor com certeza deixa-nos propensos a qualquer coisa para refrescar-nos... Até mudar-se de letra em sílaba.
Não. Não deve ser isto. Não pode ser isto. É ilógico e irracional. É pena não falarem as letras. Assim, fosse e meu dilema estaria resolvido. Mas elas falam. Falam nas palavras. Talvez ela estivesse falando comigo. Falando que ela devia ser um "se" e não um "a". Ai! Que falta me faz o contexto!

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Vestido de Noiva, Nelson Rodrigues

Esta peça conta a história de Alaíde, jovem que se casou com Pedro, por quem sua irmã era apaixonada. Sua história é narrada em flashbacks, em uma conversa com a já falecida Madame Clessi, uma cortesã cujo diário foi lido por Alaíde, e por cuja vida ela se encantou. A peça é representada em três planos, com claras transições entre eles, trazendo fluidez ao texto. Vale a pena conhecer.


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quinta-feira, 1 de setembro de 2011

O Homem e A Mulher, Victor Hugo

Estava eu, há alguns dias, em uma lanchonete da minha cidade, em cujo mural havia diversos poemas e mensagens. Um deles me chamou a atenção, primeiro pelo nome do autor, um velho conhecido meu: Victor Hugo; segundo pelo título: O Homem e A Mulher. Então comecei a ler e achei maravilhoso. Segue agora para admiração de todos:



O Homem e A Mulher
Victor Hugo
 
O homem é a mais elevada das criaturas.
A mulher é o mais sublime dos ideais.
 
Deus fez para o homem um trono.
Para a mulher, um altar.
O trono exalta.
  O altar santifica.
 
O homem é o cérebro; a mulher é o coração.
O cérebro fabrica a luz; o coração produz Amor.
A luz fecunda.
O Amor ressuscita.
 
O homem é forte pela razão.
A mulher é invencível pelas lágrimas.
A razão convence.
As lágrimas comovem.
 
O homem é capaz de todos os heroísmos.
A mulher, de todos os martírios.
O heroísmo enobrece.
O martírio sublima.
 
O homem tem a supremacia.
A mulher, a preferência.
A supremacia significa a força.
A preferência representa o direito.
 
O homem é um gênio; a mulher, um anjo.
O gênio é imensurável; o anjo, indefinível.
Contempla-se o infinito.
Admira-se o inefável.
 
A aspiração do homem é a suprema glória.
A aspiração da mulher é a virtude extrema.
A glória faz tudo grande.
A virtude faz tudo divino.
 
O homem é um código.
A mulher, um evangelho.
O código corrige.
O evangelho aperfeiçoa.
 
O homem pensa.
A mulher sonha.
Pensar é ter no crânio uma larva.
Sonhar é ter na fronte uma auréola.
 
O homem é um oceano.
  A mulher um lago.
O oceano tem a pérola que adorna.
O lago, a poesia que deslumbra.
 
O homem é a águia que voa.
A mulher é o rouxinol que canta.
Voar é dominar o espaço.
Cantar é conquistar a alma.
 
O homem é um templo.
A mulher é o sacrário.
Ante o templo nos descobrimos.
Ante o sacrário nos ajoelhamos.
 
Enfim, o homem está colocado onde termina a terra.
  E a mulher onde começa o céu.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Coleção Percy Jackson

Estes livros são um verdadeiro deleite para os fãs de mitologia. Percy é um garoto de 12 anos, filho de um dos deuses do Olimpo. Seu destino muda ao ser acusado do roubo do raio mestre de Zeus e descobrir sua origem divina. Junto a seus amigos Annabeth, filha de Atena, e Grover, um sátiro (metade homem, metade bode), Percy parte nas maiores aventuras de sua vida, para provar sua inocência. Esta é apenas a história do primeiro livro. A saga só faz crescer nos livros seguintes, tendo um final incrível. É garantia de boa diversão.


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Harry Potter, A Coleção

Esse aqui é para os fãs do bruxo mais famoso dos cinemas, Harry Potter. O arquivo zipado contém os 7 livros da série, Os Contos de Beedle, O Bardo, Quadribol Através dos Séculos e Animais Fantásticos e onde habitam. Infelizmente, este arquivo não pode ser colocado no celular, porque está protegido. Mesmo assim, aproveitem, fãs!


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segunda-feira, 15 de agosto de 2011

A Volta Ao Mundo Em 80 Dias, de Júlio Verne

O jovem Fíleas Fogg aposta com diversos homens respeitados de sua cidade que é capaz de contornar todo o mundo em apenas 80 dias. Ele parte, em companhia de seu criado, Passepartout ou Fura-Vidas, para cumprir a empreitada e passa por diversas aventuras em sua jornada, enquanto seu criado pensa apenas no bico de gás que esqueceu aberto na casa do patrão. Diversão garantida e de qualidade, Júlio Verne é um dos melhores escritores de ficção de que se tem registro, tendo mesmo antecipado em suas histórias inventos e eventos dos séculos XX e XXI. Bom Proveito!


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